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ÁLBUM DE IMAGENS
 

[...] procurei dar ao meu material uma aparência mais artística e com isso talvez atrair leitores que poderiam ter sido afastados por uma disposição mais rigidamente lógica e sistemática. Foi assim que resolvi trazer o misterioso sacerdote de Nemi ao primeiro plano do quadro, por assim dizer, agrupando outras lúgubres figuras do mesmo tipo por trás dele, num segundo plano, não certamente porque as considerasse menos importantes, mas porque o pitoresco do ambiente natural que cerca o sacerdote de Nemi, em meio às colinas arborizadas da Itália, o próprio mistério que o envolve e sobretudo a magia sedutora do verso de Virgílio, tudo se combina para cercar de encanto o vulto trágico que guarda o ramo de ouro, e torná-lo digno de figurar no centro de uma tela sombria.

Prefacio 1911 - O Ramo de Ouro, George James Frazer.

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Podemos observar com este texto, publicado no prefacio de "O Ramo de Ouro" em 1911, que Frazer tinha uma certa preocução com o seus leitores, embora que de imediato sua obra tenha sido escrita para um publico de padrão social e cultural de mesmo nivel que o dele. Hoje, não só pelas gravuras, mas pela qualidade integral da obra, O Ramo de Ouro ainda encanta a todos os publicos com grande precisão.

 

Renaldo Gomes

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